segunda-feira, 30 de maio de 2011

Então ao chegar na igreja...

Como disse anteriormente, o que menos queria aconteceu. EU ATRASEI!
E da saída da casa de minha irmã até o caminho da igreja, meu querido Concunhado fez em um terço do tempo de trajeto. Chegamos sãos e salvos, apesar do nervosismo estava tudo bem, chegamos inteiros!
Quando cheguei bastante gente estava na porta da igreja. Acredito que a cerimonialista tenha pedido para todos entrarem, e então ficaram as meninas do cerimonial, os avós, o cortejo e a Glaucia, uma querida amiga que me ajudou com idéias e desejos que tudo corresse bem. 
Logo a Suellen veio falar se estava tudo bem, depois a Glaucia desceu e lembro que ela me perguntou logo se eu queria água. Sim, eu queria, estava com a garganta seca de nervoso, mas não aceitei.
Lá de dentro eu vi alguns padrinhos, não vi o Henrique, ele estava logo na frente, então só vi só os últimos padrinhos e os avós que estavam do lado de fora.
Pedi ao Cley para baixar o vidro, para que eu ouvisse as músicas do cortejo, e a cada uma eu ia me emocionando, imaginando aquelas pessoas tão queridas entrando, e sorrindo. Nossa, como eu queria estar lá escondidinha vendo tudo, recebendo os padrinhos, minha mãe, meu sogro....
Quando acabou o cortejo, desceram foto e filmagem, a Suellen e a Glaucia. E foi a hora de meu pai me tirar do carro. Pediram para meu pai segurar as minhas mãos, para nos olharmos para as fotos, e eu vi meu pai tão emocionado quanto quando o Henrique foi me pedir em noivado. Foram alguns minutos que valeram por muitos!
Subimos e a porta ja estava fechada. Pude ver as outras meninas do cerimonial, e lembro que perguntei  logo " Cade o microfone?" , perguntei porque li alguns trechos do Cantico de Nupcias com as portas fechadas conforme  combinei com a Suellen e com apoio total da Glaucia. Quem me deu a idéia inclusive foi a Su, no nosso primeiro encontro em novembro, e desde lá eu leio este texto diariamente, como uma oração, e não consigo não acha-lo lindo cada vez que o leio.
Consegui ler sem chorar, apesar do esforço, mas o início ficou meio cortado lá dentro, e soube que não entenderam a primeira parte do texto. Todos falaram que ficaram procurando de onde saia a voz, até se ligarem que era eu lá fora.  O trecho que li foi o seguinte:


Nossos caminhos são agora um só caminho,
nossas almas, uma só alma.

Cantarão para nós os mesmos pássaros,
e os mesmos anjos desdobrarão sobre nós
as invisíveis asas.

Temos agora por espelho os nossos olhos;
o teu riso dirá a minha alegria,
e o teu pranto, a minha tristeza.

Se eu fechar os olhos, tu estarás presente;
se eu adormecer, serás o meu sonho;
e serás, ao despertar, o sol que desponta.


Na mesma página do Evangelho encontraremos o Cristo,
partiremos na ceia o mesmo pão;
meus amigos serão os teus amigos,
perdoaremos com iguais palavras
aqueles que nos invejam.


Iremos depois nos descobrindo nos filhos que crescem,
e não mais saberemos distinguir em cada um
os meus traços e os teus,
o meu e o teu gesto,
e então nos tornaremos parecidos.

E nem o mundo nem a guerra nem a morte,
nada mais poderá separar-nos,
pois seremos mais que nunca,
em cada filho,
uma só carne
e um só coração.

Que o homem não separe o que Deus uniu.
Que o tempo não destrua a aliança que nos prende,
nem os amores, o amor.

Que eu não tenha outro repouso que o teu peito,
outro amparo que a tua mão,
outro alimento que o teu sorriso.


Nossos caminhos são agora um só caminho,
nossas almas, uma só alma.

Já não preciso estender a mão para alcançar-te,
já não precisas falar para que eu te escute…
( Dom Marcos Barbosa) 

Quando terminei, queria voar e estar lá na frente, achei que não ia conseguir entrar e não desmaiar. É uma sensação única, uma deliciosa mistura de pavor e excitação. Mas as portas se abriram...

2 comentários:

Mayana Cabral disse...

Que texto lindoooo!Me emocionei só em ler...

Beijos :)

Anônimo disse...

Lindo irmã, já estou chorando...

Márcia