segunda-feira, 27 de junho de 2011

Acolhimento e Ritos

O padre começou com a acolhida inicial. No início fiquei com medo dele correr com a cerimônia por causa do atraso. Conheço o padre Marcos há uns 8 anos e já o vi como todo tipo de humor possível. Em geral ele é um padre muito carismático, que adora cantar e na hora do abraço da paz sempre fala para nos cumprimentarmos com "fraternura", palavra que nunca esqueço.
Desta vez não foi diferente, o padre Marcos estava inspiradíssimo e fez uma linda cerimônia.
Todo o tempo, mas principalmente no início, o padre sempre falava meu nome completo "Paula Fernanda e Henrique", ele sempre repetia. Eu que não estou muito acostumada a ouvir meu nome assim, inteirinho, achei diferente e marcante. Lá no meu primeiro sacramento, no batismo, o padre com certeza também me chamou deste jeito. Na hora me lembrei disso e fiquei feliz por ter a oportunidade de seguir a religião que meus pais me introduziram.
Nesse primeiro momento minhas pernas ainda tremiam muito, e eu não parava de ficar namorando o Henrique, as vezes ficava com medo do padre falar "pára de olhar para ele e olhe para mim", mas eu acho que ele entende o momento, rsrs.
 Lembro que segurava as mãos dele firmemente e uma hora arrisquei a olhar suas unhas e percebi que ele não tinha feito como eu havia pedido, estavam mais roídas do que nunca! Ele olhou para mim com cara de "desculpa" e eu sorri.


A liturgia da missa começou com a leitura de Provérbios 31, que eu escolhi. Minha irmã Márcia que fez a leitura. O Evangelho que escolhemos foi o das Bodas de Canãa (Jo2,1-11). Na verdade eu não ia fazer a leitura deste evangelho, mas minha mãe gosta muito desta leitura, e, em sua homenagem a escolhi.
Após as leituras o padre fez a homilia, e foi lindo.


Ele falou sobre a primeira leitura de um modo muito especial, já que ela falava da mulher virtuosa, e brincou dizendo que tinha certeza que Henrique que tinha escolhido a leitura, e sobre o Evangelho ele fez uma analogia sobre o milagre das bodas com o nosso milagre diário de casal, com o vinho bom que vem depois do casamento. Minha mãe tinha razão, este evangelho é mesmo lindo! Falou sobre nós de forma particular, citou o Grupo Jovem, que foi quem nos aproximou e tocou até nas perguntas polêmicas do Henrique da época do Crisma. O padre realmente caprichou!
Nessa hora eu me concentrava demais nas suas palavras para não desviar minha atenção, algumas pessoas comentaram que eu estava muito séria, mas não era por outro motivo se não esse. Dei umas merecidas gargalhadas na hora que ele se empolgava nas descrições de nós dois, e só.




Nesse meio tempo meu buquê já estava pesando nas minhas mãos e o entreguei para minha mãe. Olhei para as crianças e senti pena delas estarem em pé, fiz sinal para sentarem na escada e elas rapidinho obedeceram.

Aproveitei, quando para dar uma olhadinha pra trás e ver quem estava lá. Vi logo Simone, Dirce, Karen e Elaine, as meninas do Grupo Jovem, que ótimo ve-las lá. A Simone me acompanhou em dois dias muito importantes, na escolha do vestido e na escolha do grupo musical. Neste segundo dia, eu estava muito rpeocupada se o padre iria deixar acontecer isso ou aquilo, preocupada com a decoração, com quem ia celebrar, com as damas... e ela me deu um "puxão de orelha" para minhas preocupações fulgazes. Na hora que a vi, isso passou pela minha cabeça. É amiga você tinha razão, eu pensei. Estava lá, minhas damas, o celebrante que eu queria, a decoração da igreja sem os tenebrosos "veuzinhos", e tudo aconteceu naturalmente, com muito amor e paciência na frente de tudo.
Depois disso se iniciaria os ritos matrimoniais. A parte espontânea e mais emocionante...


Um comentário:

Anônimo disse...

já estava sentido saudades das suas postagens. Paula, você filmou tudinho em sua mente. Como ainda pode lembrar de tudo??
Tenho certeza que seu casamento vai ficar guardado para sempre em nossos corações.
Márcia